Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em leve baixa nesta quinta-feira, após o governo dos Estados Unidos ter elevado sua estimativa para estoques domésticos da oleaginosa. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura do país (USDA) disse que as reservas de soja devem somar 555 milhões de bushels (15,1 milhões de toneladas) ao fim da temporada 2017/18. No mês passado, os estoques foram estimados em 530 milhões de bushels (14,4 milhões de t). Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam que o volume ficasse praticamente inalterado. O vencimento maio cedeu 1,25 cent (0,12%), para US$ 10,64 por bushel.
O aumento dos estoques se deve principalmente a uma redução da expectativa de exportações dos EUA. Investidores temem que o plano do presidente Donald Trump de sobretaxar as importações de aço e alumínio – mercados em que a China é um player dominante – provoque uma retaliação do país asiático, que é também o maior comprador mundial de soja. Apesar dessas preocupações, o USDA disse que exportadores dos EUA venderam 2,65 milhões de toneladas de soja na semana passada, sendo metade para a China. O volume veio bem acima do teto das estimativas de analistas consultados pela Dow Jones, de 1,7 milhão de toneladas.
O USDA reduziu significativamente sua previsão para a safra da Argentina, de 54 milhões para 47 milhões de toneladas, e isso limitou as perdas. Analistas esperavam uma redução um pouco menor, para 48,1 milhões de toneladas. Já a projeção para a colheita brasileira foi elevada de 112 milhões para 113 milhões de toneladas, enquanto analistas previam 114 milhões.
Com informações da AgEstado