Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta sexta-feira, após o governo dos Estados Unidos revisar para baixo sua estimativa para a produção doméstica em 2017/18. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura do país (USDA) reduziu a safra de 4,425 bilhões para 4,392 bilhões de bushels (120,44 milhões para 119,5 milhões de t), enquanto analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam que a produção ficasse inalterada. O vencimento março avançou 10,50 cents (1,11%) e fechou em US$ 9,6050 por bushel.
Participantes observaram, no entanto, que os estoques norte-americanos de soja ao fim da temporada devem alcançar o maior nível em 11 anos. Segundo o USDA, as reservas domésticas vão somar 470 milhões de bushels (12,8 milhões de toneladas), de 445 milhões (12,11 milhões de t) projetados em dezembro. O mercado projetava um número ainda maior, de 477 milhões de bushels (13 milhões de t).
Os preços da oleaginosa vão enfrentar dificuldade para subir este ano por causa da concorrência do Brasil, disse o analista Karl Setzer, da MaxYield Cooperative. Segundo ele, até mesmo um aumento da demanda de processadoras de soja nos EUA pode não ser suficiente para reduzir os estoques de forma significativa. O USDA elevou sua projeção para a safra brasileira de 108 milhões para 110 milhões de toneladas, e reduziu em 65 milhões de bushels (1,77 milhão de toneladas) sua estimativa para as exportações norte-americanas. Fonte: Dow Jones Newswires.
Com informações da AgEstado