Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta segunda-feira. Os ganhos foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o real, que tende a desestimular as exportações brasileiras da commodity. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento novembro avançou 24,00 cents (2,77%), para US$ 8,9150 por bushel.
A forte demanda interna nos EUA contribuiu para acentuar os ganhos. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas, o esmagamento de soja no país somou 160,8 milhões de bushels (4,37 milhões de toneladas) em setembro, aumento de 1,2% ante o mês anterior, quando foram esmagados 158,9 milhões de bushels (4,32 milhões de toneladas). O volume processado em setembro é o maior já registrado para o mês e ficou acima da expectativa de analistas, de 157,4 milhões de bushels (4,28 milhões de toneladas).
Traders também continuaram reduzindo suas apostas na queda dos preços após os dados altistas do mais recente relatório mensal de oferta e demanda do USDA, publicado na última quinta-feira. O governo dos EUA reduziu sua projeção para a safra doméstica de soja de 4,693 bilhões para 4,690 bilhões de bushels (127,7 milhões para 127,65 milhões de toneladas). Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam um aumento para 4,733 bilhões de bushels (128,8 milhões de toneladas).
A previsão de estoques domésticos foi elevada de 845 milhões para 885 milhões de bushels (23 milhões para 24 milhões de toneladas). O número, porém, ficou abaixo da expectativa de analistas, de 907 milhões de bushels (24,7 milhões de toneladas).
Com informações da AgEstado