CBOT fecha em queda de mais de 2% com tensão entre EUA e China

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Os contratos futuros da soja fecharam em queda de mais de 2% na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionados pela crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e a China. Isso aumentou a expectativa de que a soja norte-americana de fato será alvo de tarifas de importação que devem entrar em vigor em julho. O movimento de liquidação atingiu a maior parte das commodities. O vencimento julho caiu 19,50 cents (2,15%) e terminou a US$ 8,89/bushel.

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu a sua equipe que preparasse US$ 200 bilhões em tarifas de importação adicionais sobre os produtos chineses, quatro vezes o valor das tarifas anunciadas por seu governo na semana passada. Autoridades em Pequim haviam respondido à primeira rodada de tarifas com US$ 50 bilhões em sobretaxas sobre vários produtos, incluindo soja, carne suína, entre outros. A China é o maior comprador de soja dos EUA.

A incerteza sobre quais tarifas vão entrar em vigor e em que momento pressionou o mercado, disse Bobby Pelz, um dos fundadores da corretora de grãos McDonald Pelz Global Commodities. “Ninguém tem ideia do que fazer”, disse Pelz, cuja corretora negocia soja dos EUA para a China, entre outros mercados. “Isso prejudicou toda a indústria de grãos.”

Mais cedo, os futuros de soja chegaram a cair mais de 7%, atingindo o ponto mais baixo desde março de 2016. Na mínima, a soja bateu em US$ 8,4150/bushel. Traders estão apostando que a disputa entre os dois países pode prejudicar o crescimento econômico global e diminuir a demanda no mundo por matérias-primas, não só soja, mas também cobre e petróleo, entre outras.

Segundo a estrategista de commodities agrícolas Tracey Allen, do JPMorgan, muitos traders se afastaram dos mercados agrícolas na iminência de uma guerra comercial. “Há uma tremenda quantidade de incerteza com relação ao fluxo de exportação dos EUA.”

Com informações da AgEstado

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