Chicago fecha em baixa com possibilidade de tarifas chinesas

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Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta quinta-feira. Segundo analistas, preocupações relacionadas à disputa comercial entre Estados Unidos e China ainda pesam sobre os negócios. Autoridades norte-americanas e chinesas se reúnem a partir desta quinta-feira em Washington para conversas que têm o objetivo de evitar uma guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais. Declarações do presidente Donald Trump na quarta-feira, no entanto, colocaram em dúvida um possível acordo. Um fracasso das negociações pode resultar em tarifas chinesas contra a produtos agrícolas dos EUA, incluindo a soja. O vencimento julho do grão recuou 4,75 cents (0,48%), para US$ 9,95 por bushel.

As perdas foram limitadas por um sinal positivo de demanda. Mais cedo, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que exportadores relataram vendas de 132 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2017/18. Esta foi a primeira venda diária de 100 mil toneladas ou mais relatada ao USDA em maio. A venda foi uma “surpresa”, disse Terry Reilly, da Futures International. No mês passado, a China ameaçou sobretaxar em 25% a soja dos EUA, mas a medida ainda não foi implementada. Mesmo assim, o país vem reduzindo suas compras da oleaginosa norte-americana nas últimas semanas, já que existe a possibilidade de a tarifa entrar em vigor antes das entregas dos carregamentos. O anúncio da venda surpreendeu também porque nesta época do ano importadores costumam redirecionar suas compras dos EUA para a América do Sul.

Os números semanais, no entanto, foram fracos. Em relatório separado, o USDA disse que exportadores venderam apenas 506 mil toneladas de soja das safras 2017/18 e 2018/19 na semana encerrada em 10 de maio.

Com informações da AgEstado

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