Chicago termina em baixa após relatório mensal do USDA

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Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta terça-feira, após a estimativa do governo dos Estados Unidos para estoques domésticos do grão ter vindo em linha com a expectativa do mercado. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, divulgado mais cedo, o Departamento de Agricultura do país (USDA) disse que as reservas ao fim de 2017/18 devem somar 445 milhões de bushels (12,11 milhões de toneladas). O número representa aumento de 5% ante a projeção anterior, de 425 milhões de bushels (11,57 milhões de t), e de 50% em relação aos 301 milhões de bushels (8,19 milhões de t) de 2016/17. O vencimento janeiro recuou 6,75 cents (0,69%) e terminou em 9,7575 por bushel.

Analistas dizem que o ritmo dos embarques norte-americanos está abaixo do necessário para que a previsão do USDA seja alcançada. A estimativa de exportação de soja em 2017/18 foi reduzida para 2,22 bilhões de bushels (60,56 milhões de toneladas), de 2,25 bilhões de bushels (61,24 milhões de toneladas) no relatório de novembro. Safras robustas no Brasil e na Argentina em 2016/17 permitiram que os países continuassem exportando soja a preços baixos durante todo o ano, inclusive durante o período em que exportadores dos EUA normalmente teriam uma vantagem.

Os contratos também foram pressionados pelo avanço do dólar ante o real, que tende a estimular as exportações do Brasil, principal concorrente dos EUA no mercado global. Além disso, pesou sobre as cotações a queda do petróleo, que reduz a demanda por biodiesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

Com informações da AgEstado

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