Os contratos futuros de soja fecharam em queda nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), depois de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgar que agricultores dos Estados Unidos plantaram mais soja do que milho pela primeira vez em 35 anos. Além disso, os dados de estoques do país em 1º de junho vieram acima das estimativas de analistas e do volume verificado há um ano. O vencimento julho caiu 2,75 cents (0,32%) e terminou a US$ 8,5850/bushel.
A área plantada de soja dos EUA chegou a 89,557 milhões de acres (36,24 milhões de hectares) nesta temporada, ante os 90,142 milhões de acres (36,48 milhões de hectares) na safra 2017/18, segundo o USDA. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam uma área maior, de 89,789 milhões de acres (36,34 milhões de hectares). Mas o número ficou acima da área projetada pelo USDA em 31 de março, de 88,982 milhões de acres (36,0 milhões de hectares).
Agricultores têm se voltado cada vez mais para a soja nos últimos anos, em virtude dos baixos preços do milho e trigo. Mas, com a China provavelmente introduzindo tarifas sobre importações de soja na semana que vem, os EUA podem ter mais dificuldade para escoar sua produção.
O USDA também divulgou que os estoques de soja norte-americanos em 1º de junho de 2018 somavam 1,222 bilhão de bushels (33,26 milhões de toneladas), aumento de 26,46% ante o volume de 965,85 milhões de bushels (26,28 milhões de toneladas) observado um ano antes. Em 1º março de 2018, os armazéns do país continham 2,109 bilhão de bushels (57,41 milhões de toneladas). O resultado é superior às estimativas de analistas, de 1,218 bilhão de bushels (33,15 milhões de toneladas).
Antes da divulgação do relatório, os futuros da soja operaram em alta sustentados por sinais de demanda pelo grão dos EUA, clima desfavorável no país e por um ajuste de posições. Exportadores relataram ao USDA vendas de 130.632 toneladas de soja para o México na temporada 2018/2019. Além disso, o serviço meteorológico DTN previu clima quente e seco capaz de aumentar o estresse para as lavouras no Meio-Oeste na sexta-feira e no sábado. Para a próxima semana, não há muitas chuvas previstas para o cinturão, com temperaturas acima do normal.
Com informações da AgEstado